Imagens Históricas Falsificadas de Juristas Alemães? Sobre as "Culturas da Memória" na Ciência do Direito e na Justiça
Palavras-chave:
Juristas e ditaduras, Passado nazista, Democracia, Cultura jurídica, História do DireitoResumo
Este artigo discute a influência das duas ditaduras alemãs – regime nacional-socialista e a RDA – sobre a Ciência Jurídica e a Justiça na Alemanha. A análise centra-se nas distorções e na supressão de memórias históricas, destacando a resistência de se confrontar o envolvimento de juristas alemães com o passado nazista após 1945. O texto explora as “culturas da memória” (Erinnerungskulturen), que moldam como eventos passados são lembrados ou esquecidos, influenciadas por mudanças políticas e sociais. Bernd Rüthers argumenta que a continuidade de elites funcionais e a ausência de uma discussão aberta sobre o passado nazista na academia alemã contribuíram para a preservação de imagens históricas falsificadas de juristas alemães. O autor menciona que a “espiral de silêncio” impediu a crítica dos envolvidos na perversão jurídica nazista, perpetuando um entendimento incompleto e muitas vezes equivocado a respeito do papel da Ciência Jurídica alemã durante e após o regime nazista. A tese central do artigo é de que as memórias individuais e coletivas sobre esse período são frequentemente manipuladas, resultando em uma compreensão limitada e parcial das realidades históricas.
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